Renda Variável: Conheça os Principais Ativos e Suas Características

Você sabe o que é renda variável?

Provavelmente já deve ter ouvido falar neste termo.

E deve saber que são ativos de risco, como ações de empresas.

E que são negociadas na bolsa de valores brasileira, a B3.

Entretanto, será que você conhece todos os ativos que pertencem a este grupo?

Pois bem, neste artigo irei explicar:

  • O que é renda variável
  • Quais os principais ativos existentes
  • Quais os riscos para o investidor
  • As principais diferenças entre renda variável e renda fixa

Se interessa por esse assunto?

Então continue a leitura, pois vou lhe explicar os pontos mais importantes dessa classe de ativos.

Índice de Conteúdo

O Que é Renda Variável

gráficos-renda-variável

A renda variável é uma classe de ativos na qual não é possível determinar o retorno do investimento no momento da aplicação.

Dessa forma, ela é exatamente o contrário da renda fixa.

Pois na renda fixa você saberá exatamente quanto o seu dinheiro irá render durante todo o período da aplicação.

Quando você faz uma aplicação em algum ativo de renda variável, não há como saber se você irá ganhar dinheiro, perder ou então ficar no zero a zero.

É por esse motivo que a maior parte dos investidores considera os ativos dessa classe como sendo de alto risco.

E isso também não significa que você não deve investir nesses ativos.

Pois risco não necessariamente significa algo ruim.

Na renda variável você corre o risco de perder dinheiro, assim como corre o risco de ganhar muito dinheiro.

Só é preciso gerenciar o risco para que este esteja sempre controlado.

Mais a frente neste artigo eu vou falar sobre os riscos que o investidor está sujeito ao aplicar nesta classe de ativos.

Se quiser saber ainda mais sobre a renda variável, lhe convido a visitar o site Abacus Liquid.

Nele você encontrará ainda mais detalhes sobre os principais ativos de renda variável e até mesmo do próprio mercado financeiro em si.

Quais São os Principais Ativos de Renda Variável

Os ativos de renda variável não são divididos em classes ou categorias, como os de renda fixa, que são divididos em:

  • Prefixados
  • Pós-fixados
  • Híbridos

Na renda variável, é como se os ativos estivessem “soltos” lá dentro.

Entretanto, cada um possui as suas particularidades.

Vamos conhecer agora os principais ativos.

Ações

As ações são os produtos de renda variável com maior destaque e, provavelmente, os mais conhecidos pelos investidores.

Elas são títulos que representam uma parte do capital social de uma empresa.

E oferecem ao proprietário o direito de participação nos resultados da organização.

Quando adquirimos ações de uma empresa, é como se nos tornássemos sócios dela.

E o preço da ação está diretamente relacionado aos resultados dessa empresa.

ETF’s (Exchange Traded Funds)

As ETFs são fundos de índice com cotas negociadas na bolsa de valores.

Mas, antes de eu explicar melhor este ativo, deixe-me explicar o que é o índice Bovespa.

Na bolsa de valores brasileira, estão registradas ações de diversas empresas.

E existe uma oscilação diária no preço dessas ações.

Algumas sobem e outras caem.

O índice Bovespa nada mais é do que a média do desempenho de todas as ações negociadas em bolsa.

Portanto, se este índice está subindo, significa que a maior parte das ações estão subindo.

As ETF’s é como se fossem “pacotes” com diversas ações dentro.

Elas buscam obter um desempenho semelhante à performance de um determinado índice de mercado.

Normalmente, o índice Bovespa.

Portanto, a sua carteira replica a composição desse índice.

As ETF’s são negociadas na bolsa da mesma forma que as ações.

Para adquirir participação de uma ETF, basta criar conta em uma corretora de valores.

Digitar o código da ETF de sua escolha na bolsa de valores e realizar a compra.

Fundos de Investimento

Os fundos de investimentos podem ser comparados a um condomínio.

Cada um dos investidores é um “residente” desse condomínio e dono de uma parte dele.

Diariamente é calculado o patrimônio líquido do fundo, que se trata do preço de mercado de seus títulos menos as despesas.

Com base nesse patrimônio, é calculado o valor da cota.

Essa classe de ativos pode ser dividida de acordo com algumas especificações dentro do mercado de renda variável.

Portanto, vamos às suas ramificações.

Fundos Cambiais

São aqueles que investem em títulos atrelados a moedas estrangeiras.

São indicados para proteger o patrimônio do investidor contra as flutuações de moedas fortes, como o euro e o dólar.

Ou seja, eles variam de acordo com a alta ou baixa dessas moedas.

Fundos Multimercado

Estes fundos podem ser compostos por basicamente qualquer tipo de ativo.

Podem investir em títulos indexados a moedas estrangeiras, em ações, títulos de renda fixa, entre outras coisas.

Eles são uma boa opção para quem busca diversificar a sua carteira de ativos.

Pois, muitas vezes acabam tendo uma rentabilidade maior que a renda fixa e ao mesmo tempo possuem um risco menor que as ações.

Fundos de Ações

Acredito que o nome já deixa bem claro no que estes ativos investem não é mesmo?

Estes fundos investem em ações de empresas.

São os mais arriscados, pois não há garantia de retorno do que foi investido.

Você pode estar se perguntando qual a diferença dos fundos de ações para as ETF’s.

As ETF’s normalmente são compostas por mais ativos, ou seja, possuem uma gama maior de ações dentro do seu “pacote”.

Pois o objetivo das ETF’s é acompanhar um determinado índice.

Enquanto que os fundos de ações tentam superar esses índices.

Portanto é normal terem uma menor quantidade de ações escolhidas com mais cautela.

As taxas e os valores mínimos para aplicação variam muito também.

Para aplicar em ETF’s você precisa apenas do valor de uma cota para começar a aplicar, que pode começar em R$ 60.

Em contrapartida, existem fundos que a aplicação mínima é de R$ 20.000.

Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs)

Dentre os ativos de renda variável, eu particularmente gosto muito dos fundos imobiliários.

Pois, na minha opinião, esta é a melhor forma de se investir em imóveis.

A maior parte das pessoas pensa que a única forma de investir em um imóvel, é comprar um para alugar ou vender alguns anos depois por um preço maior.

Entretanto, essa forma requer uma grande quantia de capital inicial, ou um financiamento que você passará anos pagando.

Os fundos imobiliários são compostos por diversos investidores, que se juntam para comprar um ou mais imóveis.

Desta forma, o fundo é dono dos imóveis, que recebe os aluguéis dos inquilinos e distribui para os seus cotistas.

As cotas são negociadas na bolsa de valores e é possível encontrar cotas por menos de R$ 100.

O aluguel é pago aos cotistas mensalmente e já vem  livre de Imposto de Renda .

Mercado Futuro

Um contrato futuro é um acordo entre um comprador e um vendedor, no qual o vendedor se compromete a comprar determinado ativo por um preço pré-estabelecido em uma data definida no futuro.

Teoricamente, qualquer pessoa pode fazer uma compra futura.

Se por exemplo eu acordar em vender meu apartamento para alguém, por um preço definido hoje, para entregá-lo daqui a 2 anos.

Isso seria, tecnicamente falando, um contrato futuro.

Entretanto, quando se fala em contratos futuros no contexto de mercado financeiro.

Estamos falando de ativos que necessariamente são negociados na bolsa de valores.

No Brasil, o mercado futuro negocia normalmente commodities (vamos falar sobre isso no próximo tópico), moedas e índices da bolsa de valores.

Commodities

Outro ativo da classe de renda variável são as commodities.

Commodity é um termo inglês, cujo significado é mercadoria.

Usada como referência para produtos em estado bruto (matérias-primas) ou com pequeno grau de industrialização.

O que torna esses produtos muito importantes na economia, é que embora sejam mercadorias primárias, podem ser negociados globalmente.

Veja exemplos de alguns tipos de commodities.

  • Mineral. Ex.: ouro, petróleo, minério de ferro, prata, etc.
  • Agrícola. Ex.: soja, trigo, algodão, borracha, etc.
  • Financeiras. Ex.: euro, dólar, real, etc.
  • Ambientais. Ex.: água, energia, madeira, etc.

Portanto, é possível sim, investir em ouro, caso você esteja se perguntando.

Basta criar conta em uma corretora de valores.

Câmbio

O Mercado de Câmbio é um mercado financeiro global descentralizado voltado para o comércio de moedas.

Centros financeiros ao redor do mundo funcionam como âncoras de negociações entre uma ampla variedade de compradores e vendedores.

Denominado de Mercado Forex (Foreign Exchange Market), este é considerado o maior mercado do mundo, com uma movimentação diária de mais de 5 trilhões de dólares.

Funciona 24h por dia, com exceção dos finais de semana.

Membros de grande porte do mercado, como corporações, bancos centrais de alguns países, firmas de gestão de investimento participam do comércio Forex.

Portanto, neste mercado, basicamente você coloca o seu dinheiro e aposta na valorização ou desvalorização de uma moeda sobre outra.

E assim ganha (ou perde) dinheiro em cima disso.

Quais os Riscos de Investir na Renda Variável

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Assim como em qualquer ativo de mercado, o investimento na renda variável possui suas vantagens e desvantagens.

Portanto, existem alguns pontos que são importantes conhecer antes de colocar o seu dinheiro em algum ativo dessa classe.

Monte Sua Reserva de Emergência

Como se sabe, a renda variável é um mercado de alto risco.

Dessa forma, antes de começar a investir em ações ou algum outro ativo desse mercado.

É recomendado já ter montado a sua reserva de emergência.

A reserva de emergência nada mais é do que um dinheiro que você precisa ter em alguma aplicação segura e de alta liquidez.

Ou seja, que você possa resgatar a qualquer momento.

O ideal é ter em torno de 6 a 12 meses dos seus custos mensais na reserva de emergência.

Para montar sua reserva é recomendado aplicações em renda fixa.

Como um CDB de liquidez diária ou o Tesouro Selic.

Diversifique a Sua Carteira

Este ponto é importante para investimentos em qualquer classe de ativos.

Mas é crucial para a renda variável.

Primeiramente você precisa definir qual o percentual do seu patrimônio será alocado em renda variável.

Isso pode ser feito por meio de um planejamento financeiro bem elaborado.

Tendo isso definido, você já pode de fato começar a aplicar o seu dinheiro em algum ativo.

Entretanto, é necessário diversificar a sua carteira para evitar alguns riscos.

Risco Sistêmico X Risco Não Sistêmico

Existem essencialmente dois tipos de risco aos quais o investidor está exposto.

O Risco Sistêmico é aquele que afeta a economia de uma forma geral.

Por exemplo um colapso no sistema financeiro ou uma grande variação da taxa de juros.

Neste caso não há muito o que nós, investidores, podemos fazer para evitá-lo.

Contudo, o Risco Não Sistêmico pode ser evitado e é nossa responsabilidade se prevenir contra ele.

O Risco Não Sistêmico é aquele que afeta apenas algumas empresas ou um setor específico da economia.

Se por exemplo ocorrer uma crise no setor bancário, e você só possuir na sua carteira ações de bancos.

Você estará sujeito a uma grande desvalorização do seu patrimônio.

Por esse motivo que é muito importante a diversificação da sua carteira. Para evitar o Risco Não Sistêmico. E falando de risco não sistêmico, ele se divide em alguns grupos, conheça os 4 riscos do mercado financeiro com o vídeo abaixo:

https://youtu.be/C17bQWTno50

Renda Variável vs Renda Fixa

Na tabela logo abaixo, está apresentado um resumo das principais características dos ativos de renda variável e dos ativos de renda fixa.

Comparação-investimentos

Conclusões

Pois bem.

Chegamos ao final desse artigo, onde eu passei os pontos principais do mercado de renda variável para poder te dar uma visão geral.

Entretanto, se você leu todo ele e chegou até aqui.

Talvez esteja se perguntando:

“Mas afinal de contas, eu devo investir em renda variável?”

A minha opinião é que “SIM”.

Eu acredito que todas as pessoas devem investir em renda variável.

O que irá mudar de pessoa para pessoa é o percentual de seu patrimônio que será aplicado, de acordo com seu perfil de investidor.

Eu penso dessa forma pelo seguinte motivo:

Existe sim a possibilidade de perder dinheiro nesse mercado.

Entretanto, o máximo que você pode perder é o valor que você aplicou.

Por outro lado, não há limite para o quanto você pode ganhar.

Se você aplicar por exemplo R$ 1000 nas ações de uma empresa, e ela quebrar, o máximo que você perderá são esses R$ 1000.

Contudo, se você fizer um bom investimento, depois de alguns anos, esses R$ 1000 podem se multiplicar diversas vezes.

Espero que com esse artigo tenha ficado mais claro como funciona o mercado de renda variável e quais são os ativos disponíveis para investir.

Comenta aqui embaixo o que achou do artigo e sinta-se à vontade para fazer perguntas caso tenha ficado com alguma dúvida.

Forte abraço!!

Francisco Krieger Abrunhoza

Sobre o Autor

Francisco Abrunhoza
Francisco Abrunhoza

Criador do site Portal da Riqueza. Investidor e apaixonado por finanças.

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