O Que é Inflação? Entenda Como Ela Afeta a Sua Vida

Se você pesquisar “o que é inflação” no Google, a maioria das respostas será algo como: “inflação é o aumento contínuo e generalizado dos preços de uma economia”. Mas isso não está inteiramente correto.

E neste artigo eu irei lhe passar o conceito correto de inflação de uma forma bem simples.

Quantas vezes você já foi ao mercado para comprar algum item e o mesmo estava mais caro do que de costume?

Acredito que diversas vezes não é mesmo? Mas não fique aflito, você não está sozinho.

Tanto eu quanto você e diversas outras pessoas passam pela mesma coisa todos os meses. Quase que diariamente eu diria.

“Mas então sempre que aumenta o preço de um produto é resultado da inflação?”

Não necessariamente.

O aumento do preço de um produto pode estar relacionado a algo específico daquele produto. O conceito de inflação é um pouco mais amplo, mas bem simples.

Além de existir mais de um tipo de inflação, existem diversos índices na economia que refletem esse indicador.

“Mas por que eu preciso aprender sobre isso?”

Porque a inflação é o principal índice da economia que reflete o poder de compra do consumidor.

Ou seja, o poder de compra do seu dinheiro.

Desse modo ela pode fazer o dinheiro que você possui na sua carteira hoje passar a valer bem menos.

E com o seu dinheiro valendo menos, você pode acabar não podendo comprar os produtos e serviços que está acostumado.

A boa notícia é que há uma forma de se proteger contra a inflação.

Portanto, para entender de uma vez por todas o que é inflação de um modo bem simples, continue lendo este artigo.

Além disso, também serão abordados os seguintes tópicos:

  • O que pode gerar inflação
  • Como controlar a inflação
  • Como a inflação afeta a sua vida
  • Como se proteger da inflação

Índice de Conteúdo

O Que é Inflação?

Inflação-subindo

A inflação é o aumento da oferta monetária, sem que haja um aumento na demanda.

Ou seja, inflação é um aumento na quantidade de dinheiro em uma economia, sem que haja um aumento na demanda por dinheiro. E a consequência disso é aquela definição comumente utilizada, de que “a inflação é um aumento nos preços de forma constante”.

Portanto, quando aumenta a quantia de dinheiro, sem um aumento equivalente na quantidade de produtos, serviços, ativos, enfim, coisas à venda, o preço dessas coisas sobe.

A inflação possui diversos índices que representam como os preços estão variando em média na economia.

Percebeu como eu disse “variando em média”?

Isso porque esses índices de inflação representam a variação média dos preços.

E de vários produtos, não de um só.

Por exemplo, se a inflação no mês de maio foi de 0,35%, significa que os preços dos produtos e serviços do mercado subiram em média 0,35%.

Ou seja, isso não quer dizer que todos os produtos subiram exatamente 0,35%.

Alguns subiram mais, outros subiram menos, alguns nem subiram e outros podem até mesmo ter reduzido de preço. Mas a média dessas subidas e descidas foi 0,35%.

E ao mesmo tempo em que as coisas ficam mais caras, a consequência disso é que o seu dinheiro passa a valer menos.

Para exemplificar de uma forma bem simples como funciona a inflação na economia, pense da seguinte forma:

Imagine que uma ilha é composta por uma população de apenas 10 pessoas.

Nessa ilha, além de terem 10 pessoas, existem 10 cocos e também 10 moedas de ouro. Toda a economia da ilha gira em torno desses números.

Desse modo, cada coco, que são os produtos que circulam nessa ilha, custa uma moeda de ouro.

Até que em um determinado momento, são encontradas mais 10 moedas de ouro nessa ilha.

Portanto, agora existem 20 moedas de ouro, para o mesmo número de 10 cocos. Automaticamente, cada coco passa a valer 2 moedas de ouro.

Ou seja, as moedas perderam o seu valor frente aos cocos, que agora ficaram mais escassos.

Assim nós tivemos um processo de inflação, onde aumentou a oferta monetária, sem um aumento nas coisas para comprar. Ou seja, sem a necessidade de ter mais dinheiro na ilha. E isso consequentemente gerou um aumento generalizado dos preços. Você pode ver esse conteúdo em vídeo também se preferir.

Mas veja bem.

Esse foi um exemplo bem simples, para ficar mais fácil o entendimento. Mas o conceito vale para toda a economia de uma forma geral.

Como dito anteriormente, existem diversos índices de inflação para medir essa variação dos preços de produtos.

Esses índices diferem um pouco entre si, pois cada um considera uma cesta de produtos um pouco diferente do outro.

Nós vamos focar em dois deles aqui: o IPCA e o IGP-M.

O que é IPCA?

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é considerado o termômetro oficial da inflação no país.

O mesmo é utilizado pelo Banco Central para guiar suas ações de política monetária.

Ou seja, para decidir o que será feito para manter um ritmo de aumento de preços que ele considera ideal.

Esse índice é calculado mensalmente pelo IBGE, para verificar a variação média dos preços da economia para o consumidor final.

Para fazer esse cálculo, o IBGE pega uma amostra da população brasileira.

Nessa amostra, ele considera famílias que possuem renda entre 1 e 40 salários mínimos, das principais regiões metropolitanas do país.

Cada uma dessas regiões recebe um peso, conforme a tabela a seguir.

cidades-calculo-ipca

A coleta de dados para o cálculo do IPCA vai do dia 1º ao dia 30 (ou 31) de cada mês.

Nas cidades acima, são coletados dados de preços de uma cesta de produtos.

Cada um desses produtos também com o seu peso atribuído, conforme a tabela abaixo.

cesta-produtos-calculo-ipca

Portanto, a inflação é calculada a partir desse índice de preços, o IPCA.

O mesmo é uma média ponderada das variações dos preços dos itens mais comuns das principais cidades do país.

O peso de cada um desses itens é determinado pela Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), que estima como as famílias brasileiras distribuem o seu orçamento.

Quanto maior a importância de um item no orçamento dos consumidores, maior será o seu peso no cálculo do índice.

O que é IGP-M?

Depois do IPCA, o IGP-M é o outro índice de inflação mais popular do país.

O mesmo é mais utilizado para o reajuste anual de aluguéis, imóveis, energia elétrica e alguns planos de saúde.

Começou a ser calculado em 1989, por demanda da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF).

O IGP-M é medido no período entre o dia 21 de um mês ao dia 20 do outro.

Ele é composto por 3 outros índices: o IPA (60%), IPC (30%) e o INCC (10%).

O resultado do IGP-M no período é uma média aritmética desses 3 índices.

Além disso, ele é calculado por uma instituição privada, a FGV (Fundação Getúlio Vargas.

Portanto, para estabelecer as principais diferenças…

O IPCA representa a inflação oficial do país, sendo calculada pelo IBGE.

Ela não oscila tanto e indica o quanto o dinheiro do consumidor desvaloriza.

Enquanto que o IGP-M é um índice calculado pela FGV.

Como ela se aproxima mais do valor real do mercado, tende a oscilar mais.

O IGP-M afeta diretamente o setor de imóveis, e você é afetado pelo IGP-M caso invista nesse setor.

Seja como dono de um imóvel ou investindo em empresas do setor imobiliário.

Claro que você também será afetado pelo IGP-M de outras formas, mesmo sem investir ou possuir imóveis.

Pois como foi mencionado, o mesmo também afeta o preço da energia elétrica e de alguns planos de saúde.

Diferença entre inflação e deflação

Como você deve imaginar, a deflação é exatamente o oposto da inflação.

Chamada também de inflação negativa.

Enquanto que a inflação representa um aumento na oferta de dinheiro, a deflação ocorre quando há uma redução na oferta de dinheiro. E na maioria das vezes o preço das coisas diminui.

“Mas então isso é bom não é mesmo? “

É normal pensar dessa forma.

Afinal, não é bom quando o preço das coisas cai?

Mas nem sempre é bem assim.

A deflação pode indicar que as coisas estão indo mal na economia.

Significa que o país teve um crescimento muito baixo no período, ou até negativo.

Pense da seguinte forma:

Se a demanda por produtos e serviços cai, os preços crescem mais devagar não é?

Portanto, se a demanda cai demais, a média dos preços pode até mesmo diminuir.

Uma queda muito grande na bolsa de valores por exemplo leva à redução de riquezas na economia de uma forma geral, diminuindo também a disposição das pessoas em consumir.

Empresas e famílias podem ficar pessimistas com a economia também e reduzem seus gastos.

Tudo isso pode resultar em uma forte redução da demanda por produtos e serviços, com crescimento baixo da economia e deflação.

Ou seja, não é saudável que um país tenha inflação negativa.

É muito importante que um país tenha uma inflação positiva, porque significa que a economia do país está crescendo.

Desde que a inflação esteja controlada é claro.

O que pode gerar inflação?

Abastecendo-combustível

Agora que já sabemos o que é inflação, vamos ver o que pode ocasionar ela.

Existem basicamente dois tipos de inflação.

  • Inflação de demanda
  • Inflação de oferta

Inflação de demanda

A inflação de demanda ocorre quando a procura por um determinado bem ou serviço é superior a quantidade ofertada do mesmo.

Quando ocorre um aumento repentino na demanda por um certo produto ou serviço, o preço do mesmo aumenta.

Essa demanda vem do consumo e do investimento das empresas.

A capacidade produtiva da economia é dada pelo estoque das máquinas, fábricas, infraestruturas, tamanho da equipe de trabalho, etc.

É difícil mudar essa capacidade produtiva no curto prazo.

Portanto, se a demanda cresce de uma forma muito rápida, a produção não dá conta.

O que acaba puxando os preços para cima e gerando inflação.

Esse tipo de inflação foi observado no início do Plano Real.

A estabilidade econômica da época levou a um aumento real dos salários das pessoas.

Desse modo, as famílias passaram a consumir uma quantia bem maior dos produtos que até então tinham uma demanda estável.

O que ocasionou um aumento geral de preços.

Inflação de oferta

A inflação de oferta, também chamada de inflação de custos

Ocorre quando a demanda por um determinado produto ou serviço continua a mesma, mas o seu custo de produção aumenta.

Os custos de produção de determinado produto ou serviço podem oscilar devido a um aumento do custo de mão de obra (salários, encargos trabalhistas), matéria-prima, taxas de juros, combustíveis, tributos ou fontes de energia.

Com esse aumento nos custos de produção, não há incentivo para produzir esse produto, gerando uma redução na oferta, enquanto que a procura continua a mesma.

Assim ocasionando novamente um aumento de preços, ou seja, inflação.

Esse tipo de acontecimento normalmente afeta a inflação apenas no curto prazo.

Pois eventualmente as empresas vão ajustar suas produções conforme a demanda.

Dificilmente um aumento nos custos de produção afetará a inflação no longo prazo.

Assim como um aumento nos custos não afetará tão rapidamente outros bens e serviços tão rapidamente, mesmo que esses setores estejam relacionados.

Veja bem.

Digamos que o preço do combustível aumente 15% hoje.

É necessário combustível para transportar os alimentos e os colocar nas prateleiras.

Contudo, não dá para esperar que um aumento no preço do combustível vá ocasionar um incremento imediato no preço dos alimentos.

Para que ocorra uma inflação causada pelos custos (inflação de oferta) no longo prazo, seria preciso que os custos de produção aumentassem sem parar por um longo período de tempo.

Entretanto, esse não é o caso.

Na verdade, devido ao aumento tecnológico, é de se esperar que os custos de produção diminuam no longo prazo.

O que ocasiona a inflação no longo prazo?

Já sabemos o que é inflação, quais são os tipos que existem de inflação, sendo elas de oferta ou de demanda.

Mas essas formas de inflação afetam a economia normalmente no curto prazo.

“Então o que gera inflação no longo prazo? “

Veja bem.

O Banco Central é o responsável por controlar a quantidade de dinheiro em circulação na economia.

Quando o mesmo imprime mais moeda, automaticamente faz com que os preços aumentem.

“Mas por que isso acontece? “

Porque quando o governo imprime mais papel moeda, ele coloca mais dinheiro na mão da população.

Essas pessoas, tendo mais dinheiro, vão querer consumir mais.

Ou seja, vão comprar mais coisas.

Entretanto, a capacidade produtiva do país não aumentou, apenas a quantidade de dinheiro em circulação.

Lembra da inflação de demanda?

Pois é.

Com as pessoas tendo mais dinheiro, vão procurar mais por produtos e serviços que costumam consumir.

Ocasionando quase que automaticamente um aumento dos preços.

É por esse motivo que é importante aumentar o estoque de moeda proporcionalmente com a quantidade de riquezas no país.

Dessa forma, a produção no geral aumenta, podendo aumentar a quantidade de dinheiro circulando na economia.

Como controlar a inflação?

inflação-subindo

Para controlar a inflação, são necessárias medidas de aperto fiscal e monetário.

Ou seja, gastos públicos mais baixos e juros mais altos.

No curto prazo essas decisões ajudam a conter a demanda por determinados bens e serviços.

Isso acontece porque aumentando os impostos e as taxas de juros, você está tirando poder de compra da população.

Se a população está sem poder de compra, a mesma vai conter gastos, assim diminuindo a procura e mantendo a oferta.

Entretanto, isso normalmente tem um impacto recessivo na economia.

Portanto, controlar a inflação resulta em alguns sacrifícios no curto prazo, como um crescimento econômico mais baixo e desemprego mais alto.

Subir as taxas de juros

Conforme comentado, uma das ações do governo para controlar a inflação é um aumento na taxa básica de juros da economia, a Selic.

Com os preços mais altos, os consumidores tendem a adiar suas decisões de compras.

Entretanto, o ponto negativo dessa estratégia é que como a demanda está menor, não há incentivo para as empresas continuarem produzindo a mesma quantidade de produtos.

Desse modo, a produção de riquezas na economia também diminui.

Reduzir os gastos do governo

Outra estratégia que pode ser utilizada é a redução de gastos do governo.

Como os gastos do governo costumam ser muito altos, ele precisa estar constantemente subindo os impostos.

Assim ele consegue arrecadar mais dinheiro para pagar suas dívidas.

Mas se o governo conseguir gastar menos do que ele arrecada, não é necessário imprimir mais moeda e nem aumentar os impostos.

Aumentar a produção

Investir na capacidade produtiva do país é uma forma de reduzir os preços.

O governo pode fazer isso incentivando a produção através da redução dos custos, que normalmente tem muitos impostos associados.

Com o aumento da produção, haverá mais produtos à disposição dos consumidores.

Ou seja, um aumento de oferta.

E o aumento de oferta resulta na diminuição dos preços.

Como a inflação afeta a sua vida?

A inflação representa a velocidade com que o seu dinheiro desvaloriza.

E isso afeta a sua vida de várias maneiras.

Se o seu salário é fixo e a inflação além de ser positiva, é alta, o seu poder de compra diminui consideravelmente.

É claro que eventualmente o seu salário será reajustado.

Mas isso ocorre poucas vezes. Uma vez por ano normalmente.

Enquanto isso, outros valores que você precisa pagar, como valores fixados por contratos, aluguéis, mensalidades de escola continuam subindo.

Além disso, se a inflação está alta, ou seja, os preços aumentam muito rapidamente…

O seu poder de compra diminui mais rápido também.

O dinheiro que você mantém na carteira compra menos coisas cada mês que passa.

Isso prejudica quem faz mais transações em dinheiro vivo.

Com o dinheiro perdendo valor muito rápido, as pessoas são obrigadas a se dirigirem a um caixa eletrônico cada vez mais, o que sai caro.

Outro fato importante, é que quando a inflação está alta, os vendedores de produtos mudam seus preços com mais frequência.

Contudo, eles não reajustam todos ao mesmo tempo.

Isso torna difícil para o consumidor saber em qual lugar está mais barato.

Assim forçando os consumidores a perderem mais tempo (e dinheiro em combustível) procurando pelos locais mais baratos.

O Banco Central possui uma ferramenta em seu site chamada de calculadora do cidadão.

Essa ferramenta é gratuita e permite corrigir valores utilizando a inflação histórica do período.

Apenas selecione o índice que deseja utilizar para atualizar, insira o valor e as datas.

Por exemplo, se eu quero ver o poder de compra de 100 reais atualizado de janeiro de 2019 a maio de 2019, eu insiro os valores conforme a imagem abaixo.

Calculadora-cidadão-1

Na sequência é só clicar em “Corrigir valor”.

Calculadora-cidadao-IPCA

Pode verificar que, 100 reais em janeiro de 2019, atualizados pelo IPCA, equivalem a R$ 102,22 em maio.

Ou seja, o que eu comprava com 100 reais em janeiro, eu preciso de 102,22 em maio.

Como se proteger da inflação?

Investir-dinheiro

Já vimos o que é inflação, o que ocasiona ela e quais as principais medidas que o governo toma para tentar controlá-la.

Agora chegamos à parte que talvez mais lhe interesse.

Como você pode se proteger contra a inflação?

Já sabemos que a inflação acaba com o nosso poder de compra.

Portanto, deixar o seu dinheiro parado na conta corrente ou até mesmo em espécime é muito custoso.

Porque o mesmo está perdendo valor nesses locais.

Desse modo, a forma de se proteger contra a inflação é investindo o seu dinheiro.

Mas você não deve investir dinheiro em qualquer lugar.

A caderneta de poupança por exemplo não é um investimento adequado.

Ela até possui algum rendimento.

Contudo, em diversos momentos o rendimento da poupança foi menor do que a inflação.

Nesses casos ainda assim você estaria perdendo poder de compra.

Portanto, para se proteger da inflação, ter uma rentabilidade acima da poupança e ainda ter segurança nos seus investimentos…

Você deve aplicar seu dinheiro em títulos de renda fixa.

Mas novamente, você deve saber quais títulos escolher.

Ao escolher títulos prefixados, ou seja, que possuem sua rentabilidade definida no momento da compra…

Ainda existe o risco (mesmo que pequeno) de a inflação ser superior à estimada no período e ultrapassar a rentabilidade do seu título.

Por exemplo:

Digamos que você investiu em um título que vai lhe pagar 8% ao ano de rentabilidade.

E a inflação esperada no período é de 5%, mas por uma série de motivos acaba sendo 10%.

O seu título não será corrigido, mantendo os 8% até o vencimento.

Portanto, existem duas modalidades de títulos que você pode usar para se proteger da inflação.

  • Títulos atrelados ao IPCA
  • Títulos pós-fixados

Títulos atrelados ao IPCA

Como explicado anteriormente, o IPCA é o índice que indica a variação média dos preços na economia.

Em outras palavras, é o indicador oficial de inflação do país.

Existem títulos de renda fixa que possuem a sua rentabilidade atrelada à inflação.

São os chamados títulos IPCA+.

Ao contrário dos prefixados, em que vão render uma taxa fixa durante todo o período contratado, como o exemplo acima de 8% ao ano.

Os títulos atrelados à inflação vão render IPCA + uma taxa fixa.

Por exemplo, IPCA+ 4% ao ano.

Desse modo, esse título garante que você nunca irá perder poder de compra.

Pois a rentabilidade dele será o valor da inflação no período + 4%.

O Tesouro Direto, programa do governo que permite a aplicação em títulos públicos possui diversos títulos IPCA+.

São os títulos denominados de NTN-B Principais.

Além de possuírem uma rentabilidade acima da inflação e acima da poupança, ainda é muito seguro investir nesses títulos.

Porque você estará emprestando o seu dinheiro para o governo, que nunca deixou de pagar um investidor.

Se você quiser saber como investir em títulos públicos, recomendo a leitura deste artigo.

Títulos pós-fixados

A outra forma de proteger seu patrimônio, é investir em títulos pós-fixados.

Os títulos pós-fixados possuem sua rentabilidade atrelada à um indexador, normalmente o CDI.

O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é um indexador da economia brasileira que acompanha a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia.

A taxa Selic é uma das formas utilizada pelo governo para controlar a inflação lembra?

Ou seja, a Selic sempre estará acima da inflação.

Porque quando a inflação sobre, normalmente a taxa Selic sobe também.

E como o CDI acompanha a Selic, o mesmo sobe junto com ela.

E existem produtos de renda fixa que possuem a sua rentabilidade atrelada ao CDI.

Portanto, a rentabilidade de um título pós-fixado atrelado ao CDI será sempre um percentual do CDI no período.

Dessa forma, como o CDI sempre será maior que a inflação, você está indiretamente protegendo o seu capital contra ela.

Mas sempre que for procurar por investimentos pós-fixados, recomendo que não aceite nenhum com rentabilidade inferior a 100% do CDI.

Pois essa é a rentabilidade mais básica que você encontrará no mercado financeiro.

Conclusões

A inflação está presente no cotidiano de todas as pessoas.

E é muito importante entender como ela afeta toda a economia de uma forma geral, e consequentemente afeta as nossas vidas.

Tendo esses conceitos em mente, é possível entender o porquê os produtos e serviços que consumimos estão subindo de preço.

E em muitos casos também conseguimos prever o aumento de preço em outras áreas que afetam a nossa vida.

Portanto, a melhor forma de proteger o nosso patrimônio contra esse aumento de preço: é investindo o nosso dinheiro!

Mas proteger nosso patrimônio contra a inflação é apenas uma das vantagens de investir.

Porque quando investimos estamos colocando o nosso dinheiro para trabalhar a nosso favor, ao invés de apenas trabalhar por ele.

Com esse artigo espero ter esclarecido pelo menos um pouco mais os conceitos de o que é inflação e de como funciona o cenário econômico.

Espero também ter colocado a importância e despertado o seu interesse em investir o seu dinheiro.

Forte abraço!

Francisco

Sobre o Autor

Francisco Abrunhoza
Francisco Abrunhoza

Criador do site Portal da Riqueza. Investidor e apaixonado por finanças.

    9 Comentários

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


    1. Puxa, que artigo completo! Confesso que não sabia nada com nada sobre inflação e agora me abriu os olhos. Muito obrigada pela explicação de maneira prática e fácil.

    Damos valor à sua privacidade

    Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

    Cookies estritamente necessários

    Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

    Cookies de desempenho

    Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

    Cookies de funcionalidade

    Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

    Cookies de publicidade

    Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

    Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

    Importante: Este site faz uso de cookies que podem conter informações de rastreamento sobre os visitantes.
    Criado por WP RGPD Pro